Bem-afortunados
Miguel Garcia
Bem-afortunados os gurus religiosos e ou psicológicos que, ‘exaltados’,
sonham com a realidade mais do que a veem, que a enfeitam, como uma amante
distante e apenas entrevista, com mil qualidades, mil palavras não
pronunciadas, mil intenções não confessas que conspiram para a “sorte” e
fortuna deles mesmos, mil silêncios que se explicarão de modo radiante e inaudito.
Bem-afortunados esses fabricantes de beleza imaginária,
artesãos de bondade simulada, doutores do ideal que justifica iniquidades,
demiurgos do bem-estar de si próprios, outra vez lhes digo: bem-afortunados!
Vassum Crisso
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