terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Eu por mim mesmo

 
Eu por mim mesmo
Miguel Garcia
 
Foi preciso ler parte do meu passado como um insulto para me dar conta de quem sou hoje em dia. Não foram poucas as demo-nstr-ações de arrogância, escarro nos lábios, daqueles (as) que se julgam superiores, daqueles (as) que se consideram nascidos para dominar. Dei-me conta de que minha vida foi palco de múltiplas invasões, dominações, tutelas, não apenas como se faz geograficamente ou ao corpo, mas também, num sentimento... Eu, território ocupado - ambiente 'devastado' e 'reduzido à solidão'. Carrego em mim as memórias dessas in-felicidades e, chego a me dizer, em algumas noites tristes, que, se não tivesse minha fé, talvez eu não fosse mais do que a memória de minhas infelicidades. Quando o desamparo e o sofrimento insistem em invadir e humilhar uma pessoa, é aí que mora a chance de nos tornarmos quem somos de verdade. No silêncio e na meditação dou-me a chance de entrevistar a mim mesmo... Eu, senhor das minhas luzes e trevas... Vassum Crisso

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