Eu por mim mesmo
Miguel Garcia
Foi preciso ler parte do meu passado como um insulto para me dar conta de quem sou hoje em dia. Não foram poucas as demo-nstr-ações de arrogância, escarro nos lábios, daqueles (as) que se julgam superiores, daqueles (as) que se consideram nascidos para dominar. Dei-me conta de que minha vida foi palco de múltiplas invasões, dominações, tutelas, não apenas como se faz geograficamente ou ao corpo, mas também, num sentimento... Eu, território ocupado - ambiente 'devastado' e 'reduzido à solidão'. Carrego em mim as memórias dessas in-felicidades e, chego a me dizer, em algumas noites tristes, que, se não tivesse minha fé, talvez eu não fosse mais do que a memória de minhas infelicidades. Quando o desamparo e o sofrimento insistem em invadir e humilhar uma pessoa, é aí que mora a chance de nos tornarmos quem somos de verdade. No silêncio e na meditação dou-me a chance de entrevistar a mim mesmo... Eu, senhor das minhas luzes e trevas... Vassum Crisso
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