quarta-feira, 7 de julho de 2010

Sobre significados da vida e de ab-surdos não abso-lutos

Sobre significados da vida e de ab-surdos não abso-lutos
Por Miguel Garcia

Observando o incrível número de catástrofes ocorridas recentemente ao redor do mundo e mesmo no Brasil (Nordeste, Sudeste), torna-se fácil perceber que a natureza aparenta ser despreocupada, ou até mesmo “maldosamente” contrária aos significados humanos. Queremos saber se a vida faz sentido ou se vivemos em meio a um completo absurdo, daí a luta de procurar trazer significados próprios e dignos de confiança para o mundo, entretanto, nossos significados dão ares de serem muito frágeis - efêmeros: estão constantemente sendo desacreditados pelos acontecimentos históricos e calamidades naturais. Um Hitler pode obliterar séculos de significados científicos e religiosos; até mesmo uns Fernandos (Collor e Henrique), quando ins-pirados..., podem protagonizar proezas colossais, desfigurando significados e agravando muito o incômodo social. De qualquer modo, se não ocorrer pelo viés de governos despóticos e opressores, ainda temos terremotos como o que irrompeu sob o Haiti, negando um milhão de vezes o sentido de uma vida pessoal e, é aí que a humanidade esboça reação, procurando no além as garantias para significados humanos. É certo que a comunidade humanal carece de algo superior para justificá-la - de apoio numa qualquer dimensão transcendental e que essa crença deve estar arraigada nas emoções, em um sentimento interior, apoiada em algo Maior, mais Forte, mais Im-port-Ante do que o próprio vigor e a vida criatural. Os melhores esforços que se possa empreender em sentido contrário ao da fé afigurar-se-ão absolutamente falíveis na busca de significado. A pessoa terá de admitir – confessar: “O pulsar de minha vida declina, eu desapareço no esquecimento, mas Deus (ou Ele, ou Isso) permanece, torna-se mesmo mais glorioso com meu sacrifício.”
Eis uma crença - uma das mais eficazes crenças para o indivíduo.

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