terça-feira, 9 de junho de 2009

À imagem e semelhança do animal-humano
Miguel Garcia

Abusos do poder clerical são sentidos por toda parte. A concepção grega do Deus onipotente, somada ao “sujeitai a terra” e “ser imagem e semelhança divina”, fortaleceram a ambição de potência humanal em líderes religiosos cultos e ignorantes – leigos ou não, no sentido de liberá-los para um exercício de poder absoluto e despótico, justificando abusos por meio da religião.
A imagem de Deus imposta pela crendice que se diz cristã, sem exceção, tanto em igrejas comandadas por dementes de gravata e ou por teólogos modernistas entre outros, é aquela que exibe um Deus todo-poderoso e Senhor, expressando assim não os contornos do Deus propriamente dito, mas sim, do poder e domínio indispensáveis aos idéias expansionistas e gananciosos de bispos, pastores e apóstolos preda-dores de rebanhos humanos.
A igreja "evangélica" dá aula na triste arte de explorar pessoas, mascarando e negando a dignidade e os direitos humanos com mensagens mumificantes, travestindo perversões com “vestes de louvor”, maquiando a alienação cultural mantenedora do racismo e sexismo e a alienação do corpo causadora de obsessões e toda sorte de doenças mentais.
Um Deus solitário e apático - soberano recolhido em um céu inacessível a que tudo submete, só poderia gerar “pastores, bispos e apóstolos também solitários, apáticos e recolhidos em luxuosos condomínios, em carros importados-blindados, em escritórios herméticos a gente pobre e analfabeta, protegidos por guardas armados que escudam esses apaixonados por multidões e enojados de indivíduos - de gente e, consequentemente, enojados do verdadeiro Deus relacional e comunitário (a salvação e a cura seria amar - abrirem-se). Não me admira que alguns destes estejam tão enfermos de corpo e alma, que careçam de dogras dia-r-ia-mente.. Quanto des-perdí-cio! Vassum Crisso - MG

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