quarta-feira, 4 de junho de 2008

Promessa

Promessa
Miguel Garcia

Ah meu amigo,

Te prometo meu sorriso
Te prometo corrigir-me
Te prometo o paraíso
Te prometo ficar firme

Te prometo nunca mais
Rememorar pequenos ais
Te prometo rir da sorte
E não ceder à dor do corte

Ah meu amigo,

Irei fluir tempo presente
Dando as costas ao passado
Irei viver urgentemente
Esperançoso, ancorado

Ah meu amigo,

Concluí que tens razão,
Homens sofreriam menos,
Tais seriam bem mais plenos,
Sem fazer concentração:
Na lembrança de seus males,
Nos regressos aos seus vales,
Escavando o inferno e o poço,
Ao invés de um grande esforço,
Pra tornar mais suportável,
Vida:
fruto e caroço.

Inspirado na obra de Goethe: Os sofrimentos do jovem Werther.

Um comentário:

Paulo Cruz (PC) disse...

Puxa, esse havia me passado batido!

Mas que beleza!
Esse poema tem uma fluidez gostosa. Um fluir (de) tempo presente mesmo!

Que perícia, que delícia!

Parabéns!

Abração,
PC