quarta-feira, 4 de junho de 2008

Espelho das ilusões

Espelho das ilusões
Miguel Garcia

Eu vi a torrente do gênio,
Eu vi cabedal tão boêmio
Agitado em grandes ondas,
Deflagrando efeito de bombas,
Avançar rugindo,
Normas desavindo,
Perturbar almas maravilhadas,
Afogar vidas enfeitiçadas.

E não havia,..
E não se via:
Homens sensatos,
Bichos cordatos
Que habitassem ambas as margens do rio,
Devorassem sincrônicos: caça e plantio,
Que temessem a devastação de suas casinhas,
Que tremessem de preocupação por suas vidinhas,
Por canteiros de tulipas ou hortas,
Por terreno ajardinado que conforta,
Que soubessem evitar a tempo,
O batismo do afogamento,
Por meio de diques ou sangradouros,
Fuga das águas letais, mau-agouro,
Do perigo e ameaça,
Do juízo e da desgraça.

Eu vi, no espelho das ilusões,
Eu cri, nas imagens das frustrações.

Juro que vi! Eu... vi...

Um comentário:

Wagner Barbosa disse...

Eu tb vi "Amiguel"........